Você acredita que o futuro será melhor do que o presente? Por quê? Para a Ph.D em psicologia e neurociências Tali Sharot, esse modo positivo de encarar a vida é resultado da inclinação natural do cérebro humano para o otimismo.

Neste livro, Sharot investiga como expectativas e fatores sociais influenciam emoções, motivações, decisões e até memórias. E conclui: o otimismo é vital para a existência humana.

Ela dá como exemplo um jovem estudante do ensino médio que sonha ser um médico respeitado, quem sabe o descobridor da cura do câncer. Esse mesmo jovem tem noção de como é difícil estudar medicina, o sacrifício da família para mantê-lo nos estudos, os tempos de lazer que vão ficar “não sei pra quando”, as condições insalubres e a falta de estrutura dos hospitais, as queixas dos pacientes, a quantidade de vidas que terminarão em suas mãos. São muitas as questões reais que ele terá que enfrentar no dia a dia, mas, não fosse a tendência que todo ser humano tem de agir de forma otimista e projetar um futuro melhor, esse jovem teria enorme chance de abandonar seu sonho e jamais tornar-se médico. O mundo, por sua vez, pode perder a chance de conhecer o descobridor da cura do câncer.

vies-otimista-oO viés do otimismo é definido por Sharot como a tendência que o ser humano tem de superestimar a probabilidade de acontecimentos positivos e subestimar a probabilidade dos negativos. Esse modo de encarar a vida protege o ser humano de ter suas ações impedidas e desestimuladas pelas tribulações inevitáveis da vida cotidiana ou de perceber que as opções são, de alguma forma, limitadas. Por isso mesmo, ajuda o ser humano a relaxar, melhorar a saúde e a agir. Mais do que isso, uma boa dose de otimismo pode levar a “profecias autorrealizáveis”, caso de um time de basquete americano cujo técnico assegurou em entrevista que sua equipe ganharia o campeonato da temporada seguinte. A determinação do técnico levou o time a treinar com afinco no intuito de garantir o que seu líder prometera evitando a humilhação.

A ciência nos mostrou que a mente humana tende a pensar em dias de sol. Embora sejamos otimistas, nossas expectativas não costumam beirar a insanidade. O viés do otimismo significa apenas que, na maior parte das vezes, nossas expectativas são ligeiramente melhores do que o futuro nos reserva”, afirma a neurocientista. Mesmo quando as condições são adversas, a tendência é que o processo do otimismo transforme reveses em oportunidades. Episódios negativos podem apenas estar preparando o terreno para algo muito melhor, que ainda não consta do futuro possível imaginado.

A tendência a fazer previsões positivas para criar resultados positivos está enraizada em regras fundamentais que governam a maneira como a mente percebe, interpreta e altera o mundo que encontra. Ela também explica o que acontece quando há “falhas” nesse processo cerebral que podem levar à reversão extrema do otimismo, caso da depressão, e as diferenças fundamentais entre pessoas otimistas e pessimistas.

O viés otimista – Por que somos programados para ver o mundo pelo lado positivo está longe de ser uma publicação voltada para a comunidade científica: o objetivo da autora foi justamente escrever para um público leigo, sem abrir mão do conteúdo.

IMPORTANTE – A sugestão desta leitura não significa que eu, como psicóloga, aceite – total ou parcialmente – os argumentos e conceitos defendidos por quem escreveu a obra. Minha intenção é apenas colocar à sua disposição livros disponíveis no Brasil e que podem ajudar você a vencer os obstáculos que surgem ao longo da vida. A reflexão e o entendimento da mensagem apresentada pelo autor da publicação podem levar a uma mudança de comportamento, podem abrir novos caminhos, sugerir soluções, despertar atitudes positivas que levarão à compreensão do momento vivido, à paz e à conquista da sua felicidade. Invista em você. Leia bons livros!
Dra. Cinara Cordeiro

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